NO SEGUNDO TURNO VOTE POR UM BRASIL MELHOR

eleições 2014

Apesar das simplificações que podem surgir na disputa presidencial brasileira no segundo turno, em especial aquela que quer reduzir o pleito a ideia de que os candidatos e seus partidos representam ou os pobres ou os ricos (o que não procede, tendo em vista que ao futuro presidente cabe trabalhar por todos os cidadãos, sejam eles pobres, ricos ou de camadas médias), o que devemos ter em mente ao realizar nossa escolha é que os programas sociais, conforme já dito e formalizado em programas dos candidatos da oposição ao atual governo, não serão desativados, pelo contrário, serão mantidos e melhorados (o que também foi várias vezes repetido pela senadora Marina Silva, 3ª colocada no primeiro turno).

Tendo assumido isso como algo de grande interesse (e que de fato procede no combate a pobreza e a fome) para milhões de brasileiros que deste e de outros programas sociais, relacionados a habitação, acesso a eletricidade, possibilidade de ter creches para seus filhos, entre outras iniciativas, o que resta é o debate em torno de projeto nacional que contemple real crescimento para a nação.

Num momento em que a estabilidade conquistada a duras penas, por conta de fatores como a inflação, que está acima das metas estipuladas pelo governo, o baixo nível de investimentos que repercute em setores vitais, em especial na indústria, com produção menor e consequente corte de empregos, o êxodo de investidores e as avaliações negativas que o Brasil tem tido por parte de agências internacionais como a Moody’s, além dos problemas sérios que afetam a Petrobras, a maior empresa brasileira, definir como combater estas dificuldades tendo no horizonte a perspectiva de um país melhor para todos os brasileiros, torna-se imperativo.

Além da economia, outro fundamento que precisa ser observado pelo eleitor é a questão da ética, do compromisso com a lisura na administração da máquina pública e, com isso, o combate a corrupção a qualquer preço. Compromisso maior de qualquer candidato postulante ao mais alto posto da República, o combate aos desvios de conduta e caráter que afetam a todos os brasileiros pois que revertem num custo de manutenção da administração federal que literalmente “suga” recursos que poderiam estar sendo aplicados em infra-estrutura para melhorar a capacidade do Brasil quanto a competitividade no mercado mundial ou ainda dar suporte a ações de impacto em prol de uma educação e saúde de qualidade, entre tantas outras possibilidades para este dinheiro que vai parar no bolso de tantos larápios de terno e gravata que ocupam postos de comando no Brasil.

Os desafios passam por reformas várias, como a política, a tributária, a fiscal, sem as quais continuaremos, enquanto país, a figurar internacionalmente como nação exótica, excêntrica, instável e, em sendo assim, para sempre apenas emergente e não, de fato, como tanto desejamos, desenvolvida.

Com quem queremos nos alinhar? Com nações onde imperam caudilhos ou com países modernos nos quais além de justiça social a dignidade também possa ser realidade pelas oportunidades de trabalho e crescimento oferecidas igualmente para todos e para cada um dos cidadãos brasileiros?

Ao votar tenha sempre o cuidado de examinar os programas propostos, o histórico dos candidatos (quem são, o que já fizeram, que realizações trazem em seus currículos, quais ideias representam, que partidos estão coligados, qual sua equipe de trabalho…) e, acima de tudo, vote pensando não em benefícios imediatos, mas num país que seja melhor hoje e sempre para você e para todos que nele vivem.

Nenhum interesse particular, pessoal ou partidário pode estar acima dos interesses da população brasileira, do Brasil. Como dizia o poeta, “meu partido é o meu país” ao que completaria dizendo, minhas bandeiras são aquelas relacionadas ao interesse de todos os brasileiros.

Por João Luís de Almeida Machado

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